Fernando Teixeira, nascido a 22 de Outubro de 1944 em Reboredo de Jales, nem sempre viveu nesta aldeia Jalota. Passou 9 anos da sua vida na cidade alemã de Estugarda, com a mulher e os três filhos, onde desempenhou a função de carpinteiro.
Regressou a Portugal aos 30 anos onde as dificuldades da vida sempre o acompanharam, construindo a sua casa, em Reboredo de Jales, aos poucos e com as suas próprias mãos. Montou uma pequena carpintaria, onde se fabricavam portas, janelas, móveis, carros de bois e alfaias agrícolas e onde empregou 3 pessoas, a quem ensinou a arte de manusear a madeira.
“O artesanato nasceu comigo” diz Fernando Teixeira, quando é questionado sobre como e quando é que descobriu o seu gosto por esta arte. O artesão, que começou por criar pequenos brinquedos com a ajuda de uma navalha, realiza trabalhos em madeira desde os 5 anos de idade. Já mais crescido dedicava-se a consertar objectos de madeira da família.
Segundo Fernando Teixeira, sempre foi muito difícil viver do artesanato por isso, todas as pessoas que trabalhavam com ele tiveram que abandonar esta arte, que não dava para o sustento familiar.
Actualmente, apesar de se encontrar reformado, continua a construir miniaturas em madeira inspiradas em objectos agrícolas da Região. Enquanto constrói um objecto diz que não pensa em nada a não ser no trabalho que está a fazer. Está no seu mundo e abstrai-se por completo de tudo e de todos, menos da música que o acompanha e que o faz relaxar durante as suas criações.
Este diz nunca ter tido qualquer espécie de apoios e que são poucas as identidades que se interessam pelo seu trabalho, demonstrando assim, gratidão por a AOURO lhe ter proporcionado a oportunidade de expor os seus trabalhos na grande Feira Internacional de Artesanato da Costa do Estoril (FIARTIL).
Os seus objectos de madeira são vendidos essencialmente a pessoas conhecidas que acabam por trazer amigos para comprar também. O artesão diz, com orgulho, que o seu trabalho já é conhecido pelo mundo fora pois os emigrantes gostam de levar recordações de Portugal, quando regressam ao estrangeiro.
Diz ainda ter esperança de que o seu filho mais novo, a quem este sempre ensinou a arte de manusear a madeira, possa ser seu seguidor.
A AOURO teve um enorme prazer em poder conversar com o Sr. Fernando Teixeira, apreciar as suas diversas criações e ouvir as suas histórias de vida.
A AOURO agradece ao Sr. Fernando Teixeira a atenção dispensada, desejando-lhe as maiores felicidades, bem como a continuação de um excelente trabalho.
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